In the Cut
Jane Campion nunca conseguiu regressar aos mundo original e belo que criou com The Piano, nem logrou nunca recuperar a originalidade e os maneirismos dessa obra-prima. In the Cut é o ensaio mais feliz na busca incessante da australiana do regresso ao fulgor de The Piano.
Dizer que In the Cut é um “thriller” é esquecer a intriga principal e o verdadeiro objecto do filme. mas, de facto, a história que se desenrola perante o espectador é de carâcter policial e nnao podia ser mais cinematográfica: um “serial-killer” mata e esquarteja jovens mulheres num bairro de Nova Iorque. Esse pano de fundo serve paneas como pretexto a Campion para nos contar como pode ser a vida das mulheres sós que agora têm trinta e tais ou mais e se agarram à vida pelos mais estranhos e instáveis cordéis.
Meg Ryan é a protagonista, um professora de inglês que foge dos homens. Ryan é uma escolha perfeita para este papel, ela que raramente se despiu quando era nova e que aqui se mostra sem complexos, mesmo se sabe que já não exibe o peito que tanto excitou Billy Crystal em When Harry Met Sally. Jennifer Jason Leigh é a irmã de Meg, uma mulher ainda mais perdida e que se refugia num vício: o sexo.
O sexo está no centro deste filme. É pelo sexo que a protagonista acaba por colocar a sua vida em perigo, ela que nem sequer liga aos homens e prefere pensar no que poderia fazer com eles a realizar as suas fantasias. “Não achas isso aborrecido?”, pergunta a sua irmã, incrédula.
Jane Campion consegue impor um ritmo quase ideal (o final é demasiado esticado) e a tensão (sensual, principalmente) desenvolve-se para criar um ambiente de “thriller” a lembrar o mestre Hitchcock. A referência final é evidente, já que a sequência tem lugar num farol, sob as luzes da bela ponte George Washington.
Dizer que In the Cut é um “thriller” é esquecer a intriga principal e o verdadeiro objecto do filme. mas, de facto, a história que se desenrola perante o espectador é de carâcter policial e nnao podia ser mais cinematográfica: um “serial-killer” mata e esquarteja jovens mulheres num bairro de Nova Iorque. Esse pano de fundo serve paneas como pretexto a Campion para nos contar como pode ser a vida das mulheres sós que agora têm trinta e tais ou mais e se agarram à vida pelos mais estranhos e instáveis cordéis.
Meg Ryan é a protagonista, um professora de inglês que foge dos homens. Ryan é uma escolha perfeita para este papel, ela que raramente se despiu quando era nova e que aqui se mostra sem complexos, mesmo se sabe que já não exibe o peito que tanto excitou Billy Crystal em When Harry Met Sally. Jennifer Jason Leigh é a irmã de Meg, uma mulher ainda mais perdida e que se refugia num vício: o sexo.
O sexo está no centro deste filme. É pelo sexo que a protagonista acaba por colocar a sua vida em perigo, ela que nem sequer liga aos homens e prefere pensar no que poderia fazer com eles a realizar as suas fantasias. “Não achas isso aborrecido?”, pergunta a sua irmã, incrédula.
Jane Campion consegue impor um ritmo quase ideal (o final é demasiado esticado) e a tensão (sensual, principalmente) desenvolve-se para criar um ambiente de “thriller” a lembrar o mestre Hitchcock. A referência final é evidente, já que a sequência tem lugar num farol, sob as luzes da bela ponte George Washington.